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Equipe de alunas do Cefet/RJ fica entre as 10 finalistas em programa de ciência espacial

Publicado: Quarta, 04 de Dezembro de 2019, 15h27 | Última atualização em Segunda, 13 de Janeiro de 2020, 16h29 | Acessos: 2802

Fonte: site garatea.space

Amanda Costa, Brenda Siqueira, Fernanda Teixeira e Naomi Toribio, alunas do terceiro e quarto anos do médio/técnico do campus Maracanã, compõem a equipe do Cefet/RJ que ficou entre as 10 melhores no Garatéa-ISS 2019, uma iniciativa que reuniu 140 escolas do Brasil inteiro para a elaboração de experimentos científicos que concorrem a um voo à Estação Espacial Internacional (ISS).

Desde agosto deste ano, a equipe, coordenada pela professora Ana Lucia Ferreira de Barros, vem participando do projeto Garatéa, que faz parte do programa SSEP (Student Spaceflight Experiments Program), uma iniciativa norte-americana que oferece oportunidades para grupos de estudantes projetarem e realizarem experiências de microgravidade em baixa órbita terrestre.

O principal objetivo do programa é aproximar estudantes brasileiros da ciência, criando aprendizado e vocação e garantindo que o Brasil seja um ator de relevância na formação de novas gerações de cientistas para missões espaciais. “Estamos muito contentes de estarmos entre as dez melhores do país e queremos compartilhar com todos”, comemora a professora Ana Barros.

Entenda o projeto do Cefet/RJ

O projeto da equipe consiste em uma investigação sobre o efeito da microgravidade em células solares orgânicas, sensibilizadas por um corante extraído da jabuticaba. A professora Ana Barros, coordenadora da equipe, explicou que, com o crescente aumento da demanda por fontes de energia limpas e renováveis, as células solares sensibilizadas por corantes, conhecidas como dye-sensitized solar cell (DSSCs), mostram-se como uma interessante alternativa para tecnologias futuras. “O projeto consiste em alocar partes componentes de células solares orgânicas para envio ao ambiente de microgravidade da Estação Espacial Internacional (ISS)”, explicou Ana Barros. 

Segundo a professora, entende-se que o ambiente de microgravidade tem grande potencial para alterar significativamente a estrutura dos materiais. Dessa forma, a equipe pretende verificar o desempenho na captação da energia solar dessas células orgânicas após terem seus componentes submetidos aos efeitos da microgravidade. Com isso, será avaliada a possibilidade do uso desse tipo de célula solar em missões espaciais futuras.

Caso a equipe seja selecionada para fazer o envio do experimento em 2020, o planejamento é comparar a célula enviada para o espaço com uma outra idêntica, utilizada como grupo de controle. “As características de ambas as células, ou seja, a que foi exposta ao ambiente de microgravidade e a célula do grupo de controle, serão medidas e comparadas entre si. Nossa hipótese é que a eficiência das DSSCs sofrerá alteração de suas características após ser exposta à microgravidade. Se tais alterações forem positivas, isso mostrará que DSSCs são alternativas viáveis para uso na exploração aeroespacial”, explica a professora.

Os três projetos finalistas, que serão avaliados nos Estados Unidos, serão anunciados nesta quarta, dia 4 de dezembro, em transmissão ao vivo pelo YouTube. A equipe vencedora poderá fazer o lançamento para a ISS através da base da Flórida e terá participação no Congresso estadunidense, em Washington, para exposição dos resultados.

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