Napne em ação: por uma educação e um mundo mais inclusivos

Inclusão. Ato ou efeito de incluir, acrescentar, integrar. Palavra-chave para a construção de uma sociedade mais igualitária e objetivo central do projeto de extensão “Napne em ação: contribuições para a formação de uma sociedade inclusiva”, do Cefet/RJ campus Petrópolis.  A iniciativa – que nasceu do Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Específicas (Napne) do campus – vem trabalhando com ações de sensibilização e formação desde agosto de 2020 a partir do planejamento de atividades de cunho crítico-informacional, como palestras, seminários e mesas-redondas, em ambiente virtual.

^{O Napne do campus Petrópolis sempre trabalhou com ações voltadas à sensibilização acerca das pessoas com deficiência, como a Sala Sensorial, realizada em 2017.}

 “A pandemia relativa à Covid-19 levou mulheres e homens a perceberem que estamos todos, em escala planetária, no mesmo navio. Há, porém, aqueles que estão nos camarotes e outros que estão nos porões”, enfatizou a coordenadora do projeto Soraia Toledo. De acordo com a professora, a partir do recorte social “pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento, superdotação e altas habilidades”, a iniciativa pretende gerar percepções críticas nos participantes a respeito das relações assimétricas de poder e contribuir para a transformação do mundo, que deve ser “constituído por uma sociedade mais equilibrada, culturalmente hibridizada, educacionalmente múltipla, politicamente crítica e economicamente justa”.

O projeto precisou passar por uma adequação de sua proposta inicial devido às medidas de isolamento social, alterando apenas os instrumentos para a viabilização das interações pretendidas, mas não sua metodologia. As novas formas de comunicação foram possibilitadas e ampliadas no universo on-line com a criação de um perfil no Instagram e de uma página no Facebook, e com a organização de eventos remotos. Em setembro, o projeto promoveu uma semana de ações nas redes sociais em comemoração ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21/09), encerrando a celebração com a roda de conversa “CON-viver: pessoas e diversidades”, no dia 25.

^{O projeto promoveu em setembro a ação “Memórias do Napne-Petrópolis” nas suas redes sociais, relembrando as atividades já realizadas pelo Núcleo.}

“O modelo remoto trouxe, sim, algumas vantagens”, declarou Daphne Holzer, co-coordenadora do projeto. “Como estamos trabalhando com sensibilizações e formações, a possibilidade de ter um participante de uma outra cidade ou estado compondo uma mesa-redonda, por exemplo, é facilitada, pois os encontros virtuais, de uma certa forma, aproximam as distâncias físicas”, afirmou. A roda de conversa realizada em setembro, por exemplo, recebeu uma participante de Porto Alegre e, o próximo evento – “O protagonismo das pessoas com deficiência visual e cegueira no cotidiano brasileiro da atualidade” –, que acontecerá no dia 29 de outubro, contará com a participação do projeto “Olhos Meus”, do Cefet/RJ campus Nova Friburgo.

Até o fim do ano, o “Napne em ação” tem planejado uma intervenção por mês e vai lançar em breve nas redes sociais uma série de depoimentos com pessoas com deficiência, na qual elas falarão sobre seu papel na sociedade. “A atuação do projeto está totalmente online e o seu objetivo vai ao encontro do que penso sobre difundir uma educação realmente inclusiva e igualitária, podendo assim, proporcionar aquilo que a Constituição nos garante, que é a educação para todos independente de deficiência física ou mental”, ressaltou Douglas Bastos, aluno do 5º período do curso de Licenciatura em Física e bolsista do projeto.

Equipe do projeto Napne em Ação

Coordenadora: Soraia Wanderosck Toledo

Co-coordenadora: Daphne Holzer Velihovetchi

Colaboradores: Luciana de Souza Castro e Jonathan Rocha Gomes.

Aluno: Douglas de Oliveira Bastos

Redes sociais do projeto

Instagram: https://www.instagram.com/napne.cefet.petropolis/

Facebook: https://www.facebook.com/napne.petropolis