Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Projeto de extensão do Cefet/RJ campus Petrópolis faz levantamento do potencial turístico do bairro Caxambú
Início do conteúdo da página

Projeto de extensão do Cefet/RJ campus Petrópolis faz levantamento do potencial turístico do bairro Caxambú

Publicado: Terça, 28 de Maio de 2019, 19h35 | Última atualização em Terça, 28 de Maio de 2019, 19h35 | Acessos: 1620

Próximo ao centro urbano e histórico de Petrópolis, o bairro Caxambú se destaca na produção de produtos agrícolas e no plantio de flores e plantas ornamentais. Reduto de imigrantes portugueses, a localidade também atrai visitantes e esportistas por suas belezas naturais e suas trilhas, entre elas a Uricanal (que liga Caxambú ao Bonfim) e a Caxambú-Santo Aleixo, que vai até o distrito de Magé por dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (Parnaso).

 

Área de plantações na Estrada Caxambú (Imagem: Street View – Google Maps)

 

Embora apresente uma configuração turística atrativa, o bairro não está contemplado no recorte de projetos do Plano Imperial – Plano Diretor para o Turismo na Cidade de Petrópolis. Com o objetivo de conhecer melhor a região, fazer um levantamento de informações e mapear suas potencialidades turísticas, surgiu o projeto de extensão do Cefet/RJ campus Petrópolis “Inventário de Oferta Turística no Bairro Caxambú: caminhos para o desenvolvimento turístico”. Iniciado em abril de 2019, o projeto é coordenado pelo professor Frederico Ferreira de Oliveira, do curso de Bacharelado em Turismo, e pela assistente em administração Camila Borges Barreto de Carvalho, e conta com uma aluna bolsista, Gabriela Vereza, e um aluno voluntário, Antônio Araújo.  

O foco do projeto será a região entre Caxambú e Santo Aleixo, partindo da Igreja de Santa Isabel – onde há maior concentração de famílias de imigração portuguesa – e mapeando o trajeto por onde o turista passa até chegar à trilha. Identificada como trilha regular, Caxambú-Santo Aleixo parece sofrer pela pressão de um turismo desordenado e não gerido, assim como outras localidades dentro do bairro Caxambú. A ideia do projeto é então reconhecer os pontos potenciais para o desenvolvimento da atividade turística e de roteiros de visitação, sugerir novas propostas de acessos e realizar uma cartografia social, elementos que possibilitariam o planejamento adequado da oferta turística local.

 

Expectativas com a pesquisa em campo

Os alunos Gabriela e Antônio estão se preparando para ir a campo e explorar o bairro nas próximas semanas. Os discentes do curso de Bacharelado em Turismo fizeram os levantamentos iniciais sobre a região nos sites do IBGE e da Prefeitura de Petrópolis, além da Biblioteca Central Municipal Gabriela Mistral, e constataram que não há informações nem mapeamentos disponíveis sobre a localidade. “Seremos pioneiros em trazer informação sobre o Caxambú e gerar visibilidade para a região e seus moradores”, afirma Antônio.

 “O projeto é muito desafiador porque não temos nenhuma informação concreta da região. Vamos partir do zero. Vamos pegar dados só no campo”, relata Gabriela. No trabalho em campo, os estudantes vão entrevistar moradores e comerciantes do Caxambú e aplicar formulários indicados pela metodologia do Ministério do Turismo para o levantamento de dados e informações e para a análise de oferta turística da área pesquisada.

Com a pesquisa e os resultados em mãos, o projeto poderá identificar possibilidades turísticas do bairro, compreendendo seus atrativos, estruturas, organizações, capacidade e condições de receber turistas e visitantes, e contribuindo para o planejamento turístico local. No primeiro momento, Antônio e Gabriela acreditam que o Caxambú atraia o turismo de aventura (relacionado às trilhas), o turismo de experiência (quando o atrativo turístico possibilita ao visitante vivenciar e se aprofundar nos costumes locais) e, sobretudo, o turismo de base comunitária (quando a comunidade local faz a gestão do turismo).

“A ideia é que as pessoas da localidade sejam as principais beneficiárias do projeto”, destacou Gabriela. Ela e Antônio enfatizam a importância de fazer um correto planejamento da atividade turística para que o desenvolvimento do Caxambú possa ser empreendido pela própria comunidade local.  “Basicamente tudo o que buscamos com o projeto é ajudar os moradores e a comunidade para que eles possam se desenvolver e, assim, os órgãos públicos possam ver o local e dar mais atenção a ele”, ressalta Antônio.

Gabriela reitera que o bairro está abandonado e que a maior visibilidade dada ao local gerará investimento: “é preciso investir no Caxambú e, investindo, haverá mais qualidade de vida para os moradores e o comércio ao redor também será beneficiado”.

 

Extensão: aprendizado na prática

“A gente aprende na graduação coisas teóricas, vemos vários pensadores falarem sobre o fenômeno da atividade turística, vemos o que seria ideal... Agora podemos ver como esse fenômeno acontece. A gente vai poder comparar lugares e análises, vendo de uma forma mais crítica. Essa é  a oportunidade de colocar em prática, de forma efetiva, o que aprendemos em sala de aula”, declara Antônio.

Gabriela destaca que o curso de turismo abre inúmeras possibilidades, que vão além do ato de viajar, e que o projeto os estimula a ter uma visão mais empreendedora da área. “Todo mundo acha que turismo é pra quem quer viajar. Mas a gente aprende com esse projeto uma área administrativa do turismo. Estamos aprendendo a desenvolver um turismo do zero”, afirma. A estudante ressalta também que esta é uma “experiência para a vida”, que possibilita aprender uma localidade, não só pelo lado do negócio, mas com um olhar para as pessoas: “aprendemos a não ter uma visão de exploração, mas também de retribuir à comunidade. Adquirimos uma visão mais humana da atividade”.

Fim do conteúdo da página