Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Em defesa das universidades estaduais do Rio de Janeiro
Início do conteúdo da página

Em defesa das universidades estaduais do Rio de Janeiro

Publicado: Segunda, 23 de Janeiro de 2017, 13h16 | Última atualização em Segunda, 23 de Janeiro de 2017, 13h22 | Acessos: 2968

Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Rio de Janeiro redigiram um texto em solidariedade à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), à Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) e à Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (UEZO). Estas instituições enfrentam uma grave crise pela falta de repasses financeiros por parte do governo do Estado, o que prejudica suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Por conta disso, os dirigentes das Ifes sediadas no Rio — entre eles o diretor-geral do Cefet/RJ, professor Carlos Henrique Figueiredo Alves — posicionaram-se em favor das estaduais, conclamando o governo “a uma efetiva ação de preservação desse patrimônio incalculável por elas representado, cumprindo o seu papel de provedor, com a responsabilidade que lhe foi confiada pela população”.

Leia, abaixo, o documento na íntegra.

 

Em defesa das universidades estaduais do Rio de Janeiro

 

Os Reitores das Instituições Públicas Federais de Ensino do Rio de Janeiro vêm a público externar a sua solidariedade aos dirigentes e à toda a comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, da Universidade Estadual do Norte Fluminense – UENF e da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste – UEZO, em face à grave crise por que essas prestigiadas instituições vêm passando. A UERJ, com seus mais de sessenta anos de história, e a UENF, em quase 25 anos de funcionamento, têm propiciado uma contribuição relevante ao desenvolvimento da educação, com destaques nas diferentes áreas de conhecimento, o que as coloca em situação privilegiada no contexto das Universidades Públicas de nosso país. A UEZO, com uma história bem mais recente, tem oferecido à sociedade uma importante contribuição, sobretudo na área de formação tecnológica, em nível de graduação e pós-graduação, numa perspectiva de inserção regional em uma das áreas mais populosas da cidade do Rio de Janeiro.

 A formação de profissionais altamente qualificados, a produção de pesquisa de ponta e a relevância de projetos de extensão realizados ao longo da história dessas Instituições encontram-se fortemente ameaçadas pela ausência de repasses financeiros por parte do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação são estratégicos para o crescimento, desenvolvimento e soberania de uma Nação, o que significa que os investimentos públicos nessas áreas devem ser considerados prioritários, inclusive por permitir que a produção do conhecimento encaminhada à resolução de problemas econômicos e sociais seja um importante contributo à busca de soluções justas, em bases sustentáveis, para os graves problemas que se apresentam em nosso país.

Defender as Universidades Estaduais do Rio de Janeiro é defender os princípios fundamentais da nossa Carta Magna; é defender a história de milhares de jovens que se graduaram nessas Instituições e hoje contribuem para o progresso da Nação; é defender a dignidade de seus profissionais – professores e servidores técnicos – que oferecem à sociedade uma atuação pautada na dedicação e na qualidade do trabalho realizado e que, como tal, fazem jus à contrapartida que compete ao governo do Estado do Rio de Janeiro, através do pagamento da integralidade de seus salários. É defender os atuais estudantes que ingressaram nessas universidades em busca de uma formação que lhes permita atuar como profissionais e cidadãos e cuja materialidade depende dos investimentos financeiros em pessoal e em infraestrutura.

Com base nessas assertivas é que nos posicionamos em solidariedade às comunidades da UERJ, UENF e UEZO e conclamamos o governo do Estado do Rio de Janeiro a uma efetiva ação de preservação desse patrimônio incalculável por elas representado, cumprindo o seu papel de provedor, com a responsabilidade que lhe foi confiada pela população.

 

Estado do Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2017.

 

Ana Maria Dantas Soares – Reitora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Carlos Henrique Figueiredo Alves – Diretor-Geral do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ)

Jefferson Manhães de Azevedo – Reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF)

Luiz Pedro San Gil Jutuca – Reitor da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

Oscar Halac – Reitor do Colégio Pedro II

Paulo Roberto de Assis Passos – Reitor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ)

Roberto Leher – Reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Sidney Luiz de Matos Mello – Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF)

registrado em:
Fim do conteúdo da página