Servidores do Cefet/RJ se reúnem em evento de retorno às atividades presenciais
Nessa terça-feira (9), a Direção-Geral do Cefet/RJ realizou o encontro de recepção aos servidores da Unidade Maracanã, marcando o retorno gradual às atividades presenciais. Os servidores docentes e técnico-administrativos foram recebidos no Auditório 1 da unidade e, em clima de comoção, iniciaram o evento com um minuto de silêncio em memória das servidoras Allane Pedrotti e Layse Costa.
Na abertura, o diretor-geral, Mauricio Motta, agradeceu aos presentes e anunciou a criação de um comitê emergencial de crise formado por servidores de diferentes setores e pelas entidades representativas de técnico-administrativos e docentes, com o objetivo de assessorar a gestão nesse retorno, de acordo com a Portaria nº 1.936, de 8 de dezembro de 2025.
“A gestão do Cefet/RJ vem trabalhando incessantemente desde o ocorrido, mas as ações não se encerram por aqui. Serão várias frentes de trabalho para a retomada, em uma caminhada passo a passo, dia após dia”, afirmou Motta. Além disso, segundo o diretor-geral, a partir de uma avaliação do Departamento de Gestão de Pessoas (DGP), o Cefet/RJ contará com a parceria de equipes de psicólogos de outras instituições, que farão o atendimento presencial e remoto dos servidores.
“Agradecemos especialmente toda a solidariedade e o apoio do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e do Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secadi e da Setec, principalmente às três psicólogas que fazem parte dos protocolos do MEC relacionados a casos de violência extrema em instituições de ensino”, acrescentou Motta, em referência ao Programa Escola que Protege. Dentre outras ações, o programa do MEC orienta sobre o apoio psicossocial e a reconstrução de comunidades escolares.
Em nome do Programa Escola que Protege, a psicóloga Ariel Pontes informou que a equipe estará no Cefet/RJ, ao longo das próximas semanas, oferecendo o acolhimento individual e em grupo para a comunidade acadêmica. “Nosso papel aqui é trazer esse olhar para a saúde mental, então recomendamos que cada um faça esse exercício de autoavaliação. Percebam a si mesmos: como vocês chegam aqui, como se sentem ao permanecer neste espaço e que se reconheçam quando precisarem pedir ajuda.”
O evento de abertura seguiu com a palestra de Reinaldo Nascimento, psicólogo da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil, sobre o tema “Pedagogia de Emergência: o que fazer quando a ferida afeta a nossa alma?”. Durante sua fala, Nascimento apresentou os conceitos de trauma, seus diversos tipos e fases após um evento traumático extremo e, também, explicou as maneiras como os profissionais da educação podem se apoiar e dar suporte a estudantes que acabaram de passar por um evento traumático. O psicólogo sintetizou que “o trabalho pedagógico tem que ocorrer junto com o terapêutico”. A Pedagogia de Emergência é uma metodologia voltada principalmente a crianças e jovens e visa auxiliá-los a superarem feridas emocionais causadas por situações extremas, como guerras, violência em áreas urbanas e desastres naturais.
O evento de acolhimento prosseguiu ao longo da manhã e da tarde, finalizando com a realização da roda de conversa “O espaço de educação como local seguro e o crescimento pós-traumático”.

O diretor-geral, Mauricio Motta, apresenta a programação do dia voltado aos servidores da unidade

Reinaldo Nascimento durante sua palestra; ao fundo, foto da equipe da Associação da Pedagogia de Emergência no Brasil

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