Ir direto para menu de acessibilidade.
Início do conteúdo da página

Palestra une matemática, música e educação no campus Maracanã

Publicado: Quinta, 15 de Agosto de 2019, 19h44 | Última atualização em Quinta, 15 de Agosto de 2019, 21h44 | Acessos: 1597
O professor Carlos Mathias propõe uma abordagem que une o fazer musical com a matemática

O que um pentágono tem a ver com bossa nova? A partir de um triângulo de Pitágoras podemos chegar ao blues? A matemática pode ser criativa como a música? Essas foram algumas perguntas que Carlos Mathias, professor do Departamento de Matemática da UFF e criador do canal Matemática Humanista no YouTube, respondeu na palestra “Uma aventura entre matemática, música e educação”, que ocorreu no dia 14 de agosto no Cefet/RJ campus Maracanã.

Com as baquetas nas mãos e o auditório lotado, o professor e baterista profissional articulou os diferentes ritmos musicais com assuntos do currículo do ensino médio, como progressões numéricas, trigonometria, funções algébricas e geometria. “Depois de trabalhar muito tempo usando a matemática para descrever ritmos musicais, eu resolvi ir no caminho contrário e comecei a utilizar os ritmos para construir ideias matemáticas”, conta o professor. 

Alunos, professores e servidores do Cefet/RJ lotaram o auditório

 Carlos também propôs aos alunos reflexões sobre como olhar a matemática sob uma perspectiva mais inclusiva, por ser uma ciência que está no dia a dia de todos. “Uma costureira faz verdadeiros estudos de simetria ao projetar suas peças e essa matemática não é menos legítima do que a que fazemos aqui. É uma matemática viva. Todos podem criar matemática. E ela está viva na música também, a gente faz matemática quando faz música”.

Durante a palestra no auditório de artes, o professor fez diversos experimentos musicais com a plateia, mostrando na prática seus estudos sobre as relações matemáticas em ritmos como samba, bossa nova e rumba. Além disso, o professor contou como essas descobertas se transformaram em uma metodologia de ensino de matemática para alunos deficientes visuais no Instituto Benjamin Constant. “Jovens que não enxergam não têm os mesmos recursos visuais para estudar matemática. Para ensinar frações numéricas, por exemplo, eles teriam que buscar uma compreensão pelo tato, mas a música me proporcionou tornar isso compreensível para eles de outra forma.”

Além da palestra, o evento contou com uma apresentação musical dos professores do Cefet/RJ Daniela Spielmann (flauta), Marcelo Chaves (clarineta), Bruno Repsold (baixo) e do técnico-administrativo Oliver Bastos (teclado) junto ao professor Carlos Mathias (bateria). Esta é a primeira realização integradora entre as coordenações de Artes e Matemática e também participaram da organização os professores Renata Moura, Marcos Paulo Ferreira e Celso Marques.

Clique e assista a um trecho da apresentação musical dos servidores: http://bit.ly/2KyAu3s

 

Fim do conteúdo da página