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Informativo Eletrônico - Maio de 2015

Publicado: Quinta, 18 de Junho de 2015, 15h53 | Última atualização em Terça, 01 de Março de 2016, 17h24 | Acessos: 5550
Nº 05 | MAIO DE 2015
 

 



Cefet/RJ formará profissionais para trabalhar com energia solar


O diretor-geral do Cefet/RJ (à esquerda) e representantes da GIZ (à direita) inauguram o sistema fotovoltaico

O Cefet/RJ formará, em 2016, a primeira turma de profissionais de nível técnico capacitados para trabalhar com energias renováveis. Com a inauguração de seu sistema solar fotovoltaico, no dia 21 de maio, a instituição torna-se pioneira, no estado do Rio de Janeiro, na capacitação de mão de obra para a área.

O sistema fotovoltaico integra o Programa Cefet Solar, iniciado há três anos. Voltado para o ensino e a disseminação de energia solar fotovoltaica no estado do Rio de Janeiro, o programa foi motivado por vários fatores. “Devido às condições climáticas, o Brasil tem um elevado potencial de produção de energia solar, mas a cota de mercado ainda é muito pequena. Além disso, há uma escassez de trabalhadores qualificados para o planejamento, a instalação e a manutenção de sistemas fotovoltaicos. Como escola técnica, o Cefet/RJ é perfeitamente capaz de oferecer cursos no campo fotovoltaico”, avalia o diretor-geral, Carlos Henrique Figueiredo Alves.

De acordo com o professor responsável pela implementação do programa, Mamour Ndiaye, a formação de nível técnico é decisiva para ampliar o uso da tecnologia no estado. “Para disseminar a energia solar no Rio de Janeiro, inevitavelmente deve-se passar pelo ensino de nível médio. A gente quer que, quando o aluno do nível médio sair daqui, ele seja capaz de montar um sistema fotovoltaico”, afirma o docente.





Professor responsável
pela implementação do
programa Cefet Solar,
Mamour Ndiaye  


Além de oferecer formação em nível técnico, o Cefet/RJ seguirá a diretriz de verticalização de ensino. “O programa vai explorar o diferencial da instituição, envolvendo os alunos do técnico, da graduação e da pós-graduação”, explica o docente.

O sistema fotovoltaico instalado no Centro Federal possui capacidade de seis quilowatt-pico (6 kWp) e encontra-se conectado à rede elétrica da instituição. O professor esclarece que a energia gerada seria suficiente para o consumo mensal de três famílias de classe média baixa, cada uma delas com quatro membros.

O projeto foi financiado pela Light, uma das concessionárias de energia elétrica do estado do Rio, e pela empresa alemã Naturstrom. O investimento foi de R$ 80 mil e o retorno começará a ocorrer entre seis e sete anos, considerando os valores atuais das contas de energia.O Cefet Solar também recebe apoio técnico da Sociedade Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ, do alemão Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit), empresa que auxilia o governo da Alemanha em projetos de cooperação internacional para o desenvolvimento sustentável.

 

Programa segue nova portaria do MEC

A inauguração do sistema fotovoltaico ocorre um mês após a publicação da Portaria nº 370, pelo Ministério da Educação (MEC). O documento determina que todos os órgãos vinculados ao ministério reúnam esforços para o desenvolvimento de ações destinadas à melhoria da eficiência no uso racional dos recursos públicos. Os objetivos traçados incluem o incentivo à implementação de ações de eficiência energética nas edificações públicas.

As boas práticas incentivadas pelo ministério para a redução do consumo de energia elétrica estão reunidas na Coletânea Desafio da Sustentabilidade. Dentre elas, encontra-se a “microgeração e minigeração de energia através da implantação de painéis fotovoltaicos ligados à rede elétrica”.

 

O sistema fotovoltaico do Cefet/RJ

 

Alunos ecoam pedido de justiça contra crime mexicano


O desaparecimento de 43 estudantes mexicanos foi lembrado por alunos do Cefet/RJ

“Vivos os levaram, vivos os queremos!” O pedido de justiça que se espalha pela América Latina com a caravana liderada por familiares, professores e amigos de 43 estudantes mexicanos desaparecidos encontrou eco na voz de alunos do ensino técnico do Cefet/RJ. Aliando razão e emoção em uma atividade interdisciplinar organizada pelos departamentos de Sociologia e Artes como preparação para a chegada da caravana ao Brasil, os estudantes manifestaram-se contra o sumiço dos jovens da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, ocorrido em setembro do ano passado, após uma ação da polícia municipal da cidade de Iguala, quando aqueles retornavam de uma campanha de arrecadação de fundos para sua escola.

“Não somos todos, senhores, nos faltam 43”, cantavam os alunos no jardim do campus Maracanã, no dia 20 de maio, enquanto seguravam 43 balões, com o rosto de cada um dos desaparecidos. A música, que se tornou o lema da reivindicação dos mexicanos, foi interrompida por um jogral. “Nós dizemos não”, declamavam os alunos, enumerando uma série de questões direta ou indiretamente relacionadas ao caso.

 
Assista à intervenção artística realizada pelos alunos do Cefet/RJ

O poema recitado remete ao quadro social, econômico e político previamente traçado por jovens mexicanas vinculadas a programas de pós-graduação brasileiros, que foram convidadas pelo Departamento de Sociologia para proferir palestra sobre o tema no Cefet/RJ. De acordo com a doutoranda em Psicologia Social da Uerj, Jimena de Garay, “o México não viveu uma ditadura militar como outros países da América Latina, mas teve uma ditadura político-partidária, do Partido Revolucionário Institucional (PRI), que marcou o século XX, sobretudo as últimas décadas. A hegemonia do PRI foi caracterizada por uma forte repressão ao movimento estudantil. Em 1968, 400 estudantes foram mortos e, em 1971, 120”.

A doutoranda em Economia da UFF, Andrea Santos, enfatiza que as agressões aos estudantes das escolas normais rurais como a de Ayotzinapa também não são novas. “Elas têm uma longa história de luta contra a repressão. Em 2011, houve dois assassinatos de normalistas. Eles queriam se encontrar com o governador do Estado para pedir fundos para sua escola”, afirma.

As escolas normais rurais integram um projeto de educação popular voltado para filhos de camponeses e famílias indígenas pobres. Concebido no início do século XX, no contexto da Revolução Mexicana, o modelo escolar perdeu apoio do Estado nas últimas décadas, com o predomínio do neoliberalismo no país, explica Andrea. “Como os recursos públicos para a escola normal têm diminuído, os estudantes têm se organizado para criar fundos e pagar, de forma autônoma, todos os gastos que o Estado não tem dado conta”. Ao voltar de uma dessas atividades de arrecadação de recursos foi que os 43 alunos de Ayotzinapa sofreram a repressão policial e desapareceram.

Uma das responsáveis pela organização da atividade interdisciplinar com os alunos do Cefet/RJ, a professora de Sociologia Marisa Brandão explica que resolveu trabalhar o tema com os alunos porque “a gente muitas vezes esquece que faz parte da América Latina. Para os estudantes da educação básica, é mais importante do que nunca olhar para o nosso continente. A atividade foi voltada para pensar sobre o que acontece no México, pensando também no que acontece no Brasil”, completa.

 

Caravana 43 Sudamérica





A doutoranda em Antropologia da Unicamp,
Berenice Morales, explica a reivindicação da Caravana 43  

 

Composta por parentes, estudantes e professores da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, a Caravana 43 Sudamérica percorreu três países: Argentina, Uruguai e Brasil. A expedição começou na cidade argentina de Córdoba, em 16 de maio, e terminou no Rio de Janeiro, no dia 12 de junho. No Brasil, o grupo também esteve em São Paulo e em Porto Alegre.

A caravana reivindica uma solução para o desaparecimento dos estudantes, que considera ainda não esclarecido. Segundo a doutoranda em Antropologia da Unicamp, Berenice Morales, “o Estado demorou para se envolver com o caso. Em janeiro deste ano, anunciou que os estudantes estavam mortos e seus corpos haviam sido queimados. Mas não havia muitas provas de quem eram as cinzas encontradas”.

Os familiares dos normalistas exigem que o Estado reconheça o caso como um desaparecimento forçado. “Em termos gerais, o que os pais querem é que as buscas continuem”, esclarece Berenice. A doutoranda enfatiza que o desaparecimento forçado é considerado pela Comissão Internacional de Direitos Humanos como um dos crimes mais graves e mais complexos, pois viola uma série de direitos relacionados à humanidade, como os direitos à vida, à liberdade, à identidade, à reparação e indenização dos familiares e à liberdade de opinião.

 

Cefet/RJ marcou presença no III FMEPT


Participantes da oficina de foguetes construíram seus próprios projéteis 

A oficina de construção de foguetes com materiais de baixo custo e reciclados foi uma das atividades levadas pelo Cefet/RJ ao III Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (III FMEPT). O professor de Química, Odemar Silva, e os alunos do curso técnico de Mecânica, Rafael Ramos e Victor de Lima, ensinaram os participantes a aproveitar garrafas PET, tubos e conexões de PVC, mangueiras de borracha, plásticos reciclados, madeira, papelão, barbante, pregos e parafusos para construir seus próprios projéteis.

O docente explica que a oficina surgiu de um desafio feito a um grupo de cinco alunos que deveriam projetar, desenvolver e experimentar um sistema constituído por um foguete e sua plataforma de lançamento. Os alunos estudaram os conceitos químicos e físicos envolvidos, realizaram pesquisa sobre o assunto, organizaram encontros semanais para discutir e planejar as etapas e ações do trabalho.

O Cefet/RJ também foi representado no fórum por duas palestras. O docente do curso de Engenharia de Produção, Augusto Reis, abordou os desafios do ensino na área de transportes, por meio do estudo de caso da mobilidade urbana na região metropolitana do Rio de Janeiro. Reis falou sobre as modalidades de transporte existentes, explicou como estão organizadas as redes da região metropolitana e apresentou o número de viagens e deslocamentos diários. Sobre o ensino dessa realidade, afirmou que “o principal desafio é conciliar teoria e prática. Quando você diz que a vantagem do transporte sobre trilhos é a linha dedicada, o aluno pergunta a respeito da sobreposição das linhas um e dois do metrô”, exemplifica.

O professor aposentado Carlos Artexes ministrou a palestra “A reconstrução do ensino médio integrado no Cefet/RJ no contexto das políticas da educação profissional do Brasil”. Artexes situou a experiência do Centro Federal na política nacional de educação profissional e tecnológica brasileira dos séculos XX e XXI, que foi marcada por orientações diferenciadas e contraditórias. O docente abordou especialmente o projeto de ensino médio integrado, iniciado na instituição em 2013.

Alunos do curso técnico de Segurança do Trabalho do campus Maria da Graça fizeram quatro apresentações na seção de pôsteres. Foram abordados temas variados, como a acessibilidade de crianças com necessidades especiais na rede de ensino infantil e os serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho. Confira a relação de todos os trabalhos no quadro ao lado.

 

 

Pôsteres apresentados no III FMEPT

Trabalho

Alunos (as)

Orientador (a)

CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

Lailla Regato B. de Souza Larissa Teles Ferreira

Rayane Laiber Ferreira

Francisco Moysés de Carvalho Neto

Uma leitura da acessibilidade da criança com necessidades especiais na rede de ensino infantil

Carolina Sales Marques

Darlaine da Costa Silva

Joanna Ferreira

Mariana Santos de Almeida

Ivan Gaspar

Jornal PQ+ – Prevenção com Mais Qualidade

Beatriz Cavalini Martins

Gabriela Gomes Cordeiro

Isabelle Nunes Alves do Amaral

Thuani Correia Rodrigues

Maria Regina Lemos Guimarães

SESMT – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

Amon de Souza Moura

Gabriela Gonçalves Freire

Joshua Palermo de Oliveira

Manoella Domingues Santos Passos

Roberto Mingozzi Martins dos Santos

           

Nos bastidores

Além de contribuir com atividades técnicas e científicas, o Cefet/RJ também atuou nos bastidores do fórum. A Divisão de Comunicação Social (DICOM) participou do processo de organização do evento e marcou presença na cobertura oficial das atividades institucionais, culturais, científicas e tecnológicas.

A jornalista e chefe do setor, Mariana Thereza Sant’Anna, realizou entrevistas exclusivas com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, e com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Machado Feres, na cerimônia de abertura do fórum. Ao ministro, Mariana perguntou sobre a importância do evento para a educação profissional e tecnológica e, ao secretário, sobre a parceria da Setec com a Secretaria Executiva do fórum. Ouça as respostas dos entrevistados:

  • Entrevista com o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro: (Clique para ouvir)
  • Entrevista com o secretário de Educação Profissional e Tecnológica, Marcelo Machado Feres: (Clique para ouvir)

 

 

III FMEPT

A terceira edição do Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica (FMEPT) foi realizada entre os dias 26 e 29 de maio de 2015, em Recife. Organizado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), com o apoio do Ministério da Educação (MEC) e de mais 150 instituições públicas brasileiras, o evento reuniu 26 mil participantes.

A programação do III FMEPT incluiu conferências, palestras, debates, apresentações culturais, mostras tecnológicas, oficinas e feiras temáticas. As atividades estiveram relacionadas ao tema “Diversidade, Cidadania e Inovação”. O evento contou com a participação de pessoas consideradas referências nas áreas de educação, inovação tecnológica, empreendedorismo, políticas públicas e movimentos sociais, como Frei Betto, Sílvio Meira e Moacir Gadotti.

 

Eventos da área de Administração exploram inovação e criatividade

Cenário montado para a realização das atividades do V ATUAMENTE 


Criatividade e inovação. Os termos, geralmente associados ao empreendedorismo jovem, foram evocados não só pelos cases, mas também pelo formato escolhido para a realização da quinta edição do ATUAMENTE, evento semestral organizado pelos alunos do terceiro período do curso de graduação em Administração do campus Maracanã. Mesclando palestra, talk show e conversa informal, o evento, realizado no dia 18 de maio, reuniu quatro experiências juvenis bem-sucedidas do Rio de Janeiro.

Os participantes conheceram os erros e os acertos por trás da consolidação da Responde Aí, empresa criada para oferecer guias de estudos focados em matérias de cursos de nível superior.O cofundador, Paulo Monteiro, destacou a importância da vontade incessante de empreender para que a ideia prosperasse.

A experiência empreendedora por trás da rede social Glio – que aposta nas indicações dos usuários para sugerir bares, restaurantes e lojas no Rio – e da empresa Sieve – pioneira no segmento de inteligência de preços e monitoramento de dados para o e-commerce brasileiro – foram conhecidas por meio de um talk show. Durante a conversa, o cofundador da Glio, João de Paula, e o fundador da Sieve, Felipe Salvini, ressaltaram a importância de investir na cultura organizacional e de buscar estar à frente da concorrência.





O fundador da Sieve, Felipe Salvini (ao centro),
e o cofundador da Glio, João de Paula (à direita)
participaram de um talk show  

 

Adotando um estilo de bate-papo informal, Guilherme Lito, do Brownie do Luiz, instigou a plateia a participar com perguntas. O empreendedor apresentou uma ótica inovadora sobre temas como relações de trabalho e interações sociais.

 

Dublagem e samba na VII Semana de Administração

A criatividade também esteve presente em outro evento da área de Administração, realizado no campus Maracanã entre os dias 19 e 22 de maio. Organizada pelos alunos do nível técnico, a VII Semana de Administração contou com a participação do dublador de filmes e desenhos animados, Charles Emmanuel. Conhecido por dar voz a personagens como Rony Weasley, de “Harry Potter”, A.J., de “Os Padrinhos Mágicos”, e Rigby, de “Apenas um Show”, Emmanuel falou sobre a dublagem no Brasil e deu uma pequena amostra de seu trabalho.

 

 


Os participantes do evento também puderam conhecer um pouco sobre a administração de uma escola de samba, com o diretor de harmonia da Imperatriz Leopoldinense, Júnior Escafura. Após a palestra, o público foi surpreendido com uma atração: a apresentação da escola de samba Mangueira.

Durante o evento, também foram abordados temas como capital intelectual, produção cinematográfica e e-commerce.

 

 


Expediente:

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