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Palestra sobre os direitos LGBTQIA+ recebe grande público na Unidade Maracanã

Publicado: Quinta, 15 de Junho de 2023, 19h17 | Última atualização em Quinta, 15 de Junho de 2023, 20h58 | Acessos: 1095

O Auditório 5 da Unidade Maracanã ficou lotado durante a realização do evento

O Auditório 5 da Unidade Maracanã ficou lotado na manhã dessa quarta-feira (14), durante a realização da palestra “O papel do Estado brasileiro na promoção dos direitos das pessoas LGBTQIA+”. A atividade integrou o 1º Ciclo de Palestras organizado pelo projeto de extensão Cefet + Direitos Humanos, que é coordenado pelos professores Felipe Felix e Andrezza Menezes. Os convidados foram os ativistas Cláudio Nascimento, Monica Benício e Sara York.

Na abertura do evento, a diretora de Extensão Renata Moura saudou as pessoas presentes e reforçou a importância de o Cefet/RJ abrir espaço para abordar assuntos que tratam do direito à vida. “Nossa instituição não pode ficar apartada de uma discussão que diz respeito à coletividade. Temos que saber diferenciar o que é intimidade, que todos têm o direito de preservar, da luta pelos direitos LGBT, que são assegurados pela constituição, promovem cidadania e garantem respeito e dignidade a todos”, destacou a docente.

Da esq. para a dir., Renata Moura, diretora de Extensão, Andrezza Menezes e Felipe Felix, docentes do Cefet/RJ, e os palestrantes Sara York, Monica Benício e Cláudio Nascimento, 

Doutoranda em Educação e especialista em Gênero e Sexualidades pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a palestrante Sara York ressaltou que há mais de três milhões de transexuais no Brasil, de acordo com a pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), e que o nosso país é recordista mundial em assassinatos dessas pessoas. “A morte trans começa antes da facada, com a invisibilidade. Há grupos organizados no país que se especializaram em produzir discursos e supostas verdades que tentam eliminar a nossa existência e, muitas vezes, impedir que as pessoas conheçam a si mesmas, nas suas próprias subjetividades”, alertou.

Já o presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ e diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+, Cláudio Nascimento, lembrou sua trajetória de vida e contou que foi expulso de casa ao revelar sua homossexualidade à família. Nessa época, chegou a morar de favor e também na rua durante nove meses. “A gente precisa cada vez mais ter empatia, entender que não existe uma sexualidade padrão, cada pessoa é singular”, explicou. Ainda segundo ele, graças à luta da comunidade como movimento organizado, foi possível conquistar inúmeros direitos para as pessoas LGBTQIA+, como o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo, a criminalização da homofobia e o uso do nome social.

Durante a sua fala, Monica Benício, que é vereadora da cidade do Rio de Janeiro, destacou que a maior parte da construção da identidade se dá no âmbito social e, por esse motivo, é fundamental que todas as pessoas sejam respeitadas independentemente do espaço que ocupem. “Dar visibilidade à causa LGBT obriga os governantes a pensarem políticas públicas para corpos e vidas que são diferentes do que a sociedade quer impor como modelo ideal. É mais fácil controlar uma população que não se interessa por política institucional. Por esse motivo, é fundamental ficarmos atentos e irmos à luta por nossos direitos”, declarou. No fechamento da palestra, a vereadora trouxe um pensamento da escritora Conceição Evaristo para reforçar a importância da união de todos pela causa LGBTQIA+: “Eles combinaram de nos matar e nós combinamos de não morrer”, finalizou.

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