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Informativo Eletrônico - Julho de 2015

Publicado: Quarta, 12 de Agosto de 2015, 19h41 | Última atualização em Terça, 01 de Março de 2016, 17h16 | Acessos: 4109
 
Nº 07 | JULHO DE 2015
 

 



 

Transformação em universidade é saída para desafio institucional





Carlos Henrique Figueiredo Alves, diretor-geral do Cefet/RJ, na cerimônia de posse no MEC

           
O novo mandato da Direção-Geral inicia com o desafio de criar um banco de professor-equivalente da carreira do magistério superior, para assegurar o funcionamento dos cursos de graduação e pós-graduação ofertados pelo Cefet/RJ. O diretor-geral, Carlos Henrique Figueiredo Alves, e o vice-diretor, Maurício Saldanha Motta, consideram que a única solução possível é a transformação da instituição em universidade. Os gestores, que cumpriram o primeiro mandato entre 2011 e 2015 e foram reempossados pelo MEC no dia 29 de julho, traçaram o diagnóstico em entrevista concedida ao #CEFET_RJ, na qual avaliaram a gestão passada e falaram sobre as perspectivas futuras.

 

#CEFET_RJ: Quais foram as conquistas e os desafios da primeira gestão?

Carlos Henrique Figueiredo Alves: Começamos a gestão com um déficit enorme de professores, com reivindicações de aumento do número de cursos, que não podiam ser atendidas naquele momento. Tínhamos também o árduo dever de adequar a administração para atender nosso projeto acadêmico, pois a mudança de direcionamento era a grande reivindicação institucional. Depois de realizarmos muita pressão, com o apoio da Andifes, houve uma abertura do MEC, com a criação do banco de professor-equivalente do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) e do quadro de referência de servidores técnico-administrativos. Mas essa não foi uma vitória final, pois o Cefet/RJ não reconquistou seu projeto original, de 1978, quando contava com o financiamento da Secretaria de Educação Superior (Sesu), de onde provêm os professores de magistério superior, e da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), à qual estão vinculados os professores EBTT. O Cefet/RJ foi reposicionado de acordo com a lei de criação dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia. Ele foi reenquadrado, na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, como pertencente à Setec, e não conseguiu recuperar o que foi perdido com a Sesu. Essa é a grande batalha da nova gestão.

 

#CEFET_RJ: Então, o déficit de professores não foi suprido?

Alves: Não. O banco de professor-equivalente EBTT permitiu realizar uma expansão considerável dos campi do interior. Muitos deles estavam funcionando somente com um ou dois cursos e puderam dobrar ou até triplicar sua atuação.

Maurício Saldanha Motta: Mas o problema permanece crítico na sede, no Maracanã, que concentra o maior número de professores da graduação. Nosso quadro de docentes do magistério superior está envelhecendo, vários professores estão se aposentando e não encontramos respaldo no banco de professor EBTT. Existe a efetiva necessidade de criação do banco de professor-equivalente do magistério superior, para que se restabeleça o equilíbrio entre as duas carreiras.

 

#CEFET_RJ: A saída para esse desafio é a negociação com o MEC?

Alves: A saída é a transformação do Cefet/RJ em universidade. Essa é a forma de ganhar autonomia para ter o banco de professor-equivalente do magistério superior, ordenar os cursos ofertados e a expansão dos programas de pós-graduação, na sede e nos campi, levando pesquisa para o interior do estado.

 

#CEFET_RJ: A transformação em universidade é a principal bandeira da nova gestão?


Vice-diretor do Cefet/RJ, Maurício Saldanha Motta

Motta: Sim. Durante a própria campanha eleitoral, houve uma polarização conceitual entre as propostas de transformação em instituto e universidade. Isso está refletido, inclusive, no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) passado e está sendo discutido também no novo PDI.

Alves: No nosso entendimento, não há outro caminho. Nosso grande projeto é terminar esta gestão com a transformação do Cefet/RJ em universidade.

 

#CEFET_RJ: Há outras propostas para o novo mandato?

Alves: Precisamos consolidar todos os cursos abertos no ano passado, queremos ampliar um pouco mais a expansão nos municípios e queremos formalizar um grande projeto para o Rio de Janeiro: a criação de um Instituto de Pesquisa em Qualidade de Vida. Essa é uma proposta vinculada a cinco instituições de ensino – Cefet/RJ, UFRJ, UFF, UFRRJ e UNIRIO –, que vai aproveitar a expertise de cada uma delas.

 

#CEFET_RJ: Esse projeto tem alguma relação com a Olimpíada?

Alves: A ideia surgiu a partir das reuniões do Consórcio das Instituições Públicas de Educação Superior para o encaminhamento de propostas relacionadas à Olimpíada. O Cefet/RJ tem a possibilidade de abertura de um novo campus na colônia Juliano Moreira e a proposta é construir o instituto junto com esse novo campus.

 

#CEFET_RJ: Há alguma previsão?

Alves: Ainda é um projeto embrionário. Já introduzimos o tema ao MEC, mas a resposta foi coerente com o momento: a conjuntura não é propícia para a abertura de um campus. Mas o instituto vai ser um investimento compartilhado, dividido por cinco, em uma região que está sendo preparada para isso. Então, acreditamos que o tema ainda possa ser discutido nesta gestão.

 

#CEFET_RJ: Que outros projetos relacionados aos Jogos Olímpicos o Cefet/RJ está desenvolvendo?

Alves: Nós encabeçamos o Consórcio Acadêmico 2016 (ConRio), que desenvolveu vários projetos vinculados à Olimpíada, em termos de voluntariado, de preparação para os jogos e de educação para o Rio de Janeiro. Entregamos esses projetos ao MEC, que se prontificou a incluí-los no orçamento, mas, com a troca de ministro e a crise orçamentária, não se tocou mais no assunto.

Motta: Por atuar com excelência, o Cefet/RJ foi indicado ao Comitê Olímpico Internacional (COI) pela empresa Rio 2016, que é a organizadora da Olimpíada, para atuar como centro de treinamento para a transmissão dos jogos. O COI tem uma empresa de broadcasting que transmite todas as imagens e informações para as empresas de radiodifusão nacionais e internacionais. O Cefet/RJ e mais quatro universidades treinarão estudantes que serão contratados para trabalhar junto com a equipe profissional de radiodifusão da olimpíada. Para muitos universitários, será a oportunidade de um primeiro emprego, altamente qualificado.

 

#CEFET_RJ: A nova gestão inicia com o contingenciamento anunciado pelo Governo Federal. Como o Cefet/RJ vai gerenciar os recursos?

Alves: Será um desafio enorme, pois houve um contingenciamento de investimentos de 46%. A grande vantagem é que conseguimos nos organizar no ano passado. Fizemos compras que suprem a necessidade atual dos laboratórios, então o investimento que precisamos fazer em equipamentos este ano é pequeno e não haverá prejuízos se os deixarmos para o ano que vem. Com os recursos liberados, conseguiremos manter os investimentos estratégicos, garantindo a possibilidade de conclusão das principais obras em andamento. Quanto aos recursos de custeio, o valor recebido no ano passado foi mantido. Mas a instituição cresceu muito, com a entrada de 500 novos servidores. Então, vamos ter que nos adequar para prover capacitação, participação em congressos e viagens em iguais condições para todos.

 

Bandão do Cefet/RJ homenageia 450 anos do Rio de Janeiro





Com um repertório variado, o Bandão do Cefet/RJ construiu um mosaico musical do Rio de Janeiro

 

“O Rio é alegria, carnaval e o que a gente quiser, porque quem faz o Rio é a gente”. Com essa definição, o Bandão do Cefet/RJ iniciou a homenagem musical prestada aos 450 anos da Cidade Maravilhosa, em sua primeira apresentação de 2015, realizada no dia 8 de julho, no campus Maracanã, durante o I Festival Interuniversitário de Cultura (Fest-FIC).

Professores e alunos construíram um mosaico de sons para contar a história musical da cidade. “Montamos uma apresentação unindo a visão que nós, professores, queríamos transmitir com o que representa o Rio de Janeiro para os alunos”, afirma a professora de música Daniela Spielman.





Confira uma amostra da homenagem realizada pelo Bandão do Cefet/RJ
Vídeo da homenagem

A apresentação incluiu ritmos que já fazem parte da identidade do Rio, como os sambas-enredos consagrados pelo carnaval carioca. Homenageou também compositores ilustres da música popular brasileira (MPB), como Chico Buarque e Tom Jobim. As canções interpretadas, “Noite dos mascarados” e “O morro não tem vez”, misturam o samba com crítica social e política.

O Bandão também incluiu no repertório cantores que vieram de outras regiões do Brasil para conferir projeção nacional e internacional à Cidade Maravilhosa, como a gaúcha Elis Regina, “que encantou o Rio, o Brasil e o mundo inteiro com sua voz”, e Luiz Gonzaga, “o homem arretado que veio lá do Nordeste para ser coroado, em São Cristóvão, o Rei do Baião”.

Da Bahia, veio Gilberto Gil, que imortalizou os principais símbolos cariocas na canção “Aquele abraço”. A música, composta na época da ditadura, também contém ironias a esse período histórico e à clássica rivalidade entre Flamengo e Fluminense.

Um mosaico musical do Rio de Janeiro não poderia deixar o funk de fora. O ritmo, que foi trazido dos Estados Unidos e alastrou-se pelas favelas cariocas, contagiou a plateia no final da apresentação. O Bandão interpretou a performance de MCs como Claudinho e Buchecha, arriscando até alguns passos.

Com formação de voz, cordas, sopro e percussão, o Bandão do Cefet/RJ é composto por professores e alunos. Surgiu no ano passado, a partir de atividades extracurriculares coordenadas pelos professores do departamento de artes. Em 2015, todas as apresentações do grupo vão homenagear os 450 anos do Rio de Janeiro. Para o segundo semestre, ele promete um espetáculo que incorpore também elementos teatrais.

 

Fest-Fic

O I Festival Interuniversitário de Cultura (Fest-FIC) foi organizado por oito instituições públicas de ensino do estado do Rio de Janeiro: Cefet/RJ, UFRJ, Uerj, UNIRIO, UFF, IFRRJ, IFF e Uenf. Realizado entre os dias 2 e 12 de julho de 2015, o festival levou a 20 municípios fluminenses mais de 400 atividades, entre espetáculos de dança, música, teatro, oficinas, cursos, performances, exposições, visitas guiadas, contação de histórias, saraus, brincadeiras e esporte.

Quatro campi do Cefet/RJ participaram do intercâmbio de atividades culturais: Maracanã, Valença, Itaguaí e Petrópolis. Leia a matéria Campi do Cefet/RJ entraram no ritmo do Fest-FIC para saber como foi a programação.

 

Assista algumas apresentações realizadas no Cefet/RJ

 

Kombi elétrica será exibida em documentário alemão





Kombi de tração elétrica criada pelo campus Maria da Graça em parceria com a Uerj
Kombi elétrica

 

Uma Kombi da antiga frota do Cefet/RJ, que há alguns anos seria descartada, vai ganhar as telas europeias. Utilizada na execução do projeto de conversão de um veículo de combustão interna para tração elétrica, realizado a partir de uma parceria entre o campus Maria da Graça e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a Kombi fará parte de um documentário gravado pela televisão alemã N24. O vídeo foi encomendado à emissora pela Volkswagen, com o propósito de retratar os usos mundiais da Kombi, que se tornou um dos veículos mais famosos da empresa automobilística.

A Kombi de tração elétrica foi desenvolvida pelo Núcleo de Tecnologia Automobilística (NTA) do campus Maria da Graça, em conjunto com o Grupo de Estudo de Veículos Elétricos (Gruve) e do Laboratório de Sistemas de Propulsão Veicular e Fontes Eletroquímicas (LSPV), ambos da Uerj. A pesquisa originou a dissertação de mestrado do professor Washington da Costa (Cefet/RJ), orientada por Luiz Artur Pecorelli Peres (Uerj), em 2009, e o projeto final de graduação em Engenharia Mecânica dos alunos Diego Lopes, Saulo José Cunha e Bruno Martins, referente ao acoplamento entre motor elétrico e caixa de transmissão. O projeto contou com o patrocínio das empresas WEG, Light-Rio, Rotary, ABVE e Ampla Energia e Serviços S.A. O Cefet/RJ ficou responsável pela preparação da Kombi para a conversão, que incluiu as atividades de recuperação, retirada dos componentes e montagem do sistema elétrico. À instituição também coube o licenciamento do veículo. A Uerj se encarregou de realizar as análises de desempenho, para adequar o dimensionamento dos novos componentes, os contatos com os patrocinadores e os testes.

 





Saiba mais sobre o processo de montagem da Kombi elétrica (parte do vídeo está em inglês)
Vídeo kombi

O veículo utilizado na montagem do sistema elétrico é do modelo 1982. Com a conversão, ele foi preparado para realizar o transporte de pessoas e cargas em trajetos curtos, de cerca de 10 km, a uma velocidade média de 50 km/h, adequada aos padrões de tráfego em perímetro urbano. Na adaptação, foi mantido o sistema de câmbio original, composto por quatro marchas, e incluído um motor elétrico trifásico de alto rendimento, com tensão nominal de 240v.

Tabela de especificações
Especificações técnicas da Kombi de tração elétrica


Os professores do Cefet/RJ atualmente responsáveis pela disciplina Tração Elétrica Veicular (TEV), do curso técnico em Manutenção Automotiva de Maria da Graça, Adriano de Souza e Sebastião Rocha, enfatizam que a substituição da frota automobilística atual por veículos elétricos poderia reduzir a emissão de CO2 no Brasil, contribuindo para a diminuição do impacto ambiental no mundo. “Os estudos relativos aos veículos elétricos devem, portanto, ser vistos com extrema importância, em todos os níveis acadêmicos, pois é uma tecnologia que, sem dúvida, contribuirá para a sustentabilidade das futuras gerações”, concluem.

Esta não é a primeira vez que a Kombi de tração elétrica ganha visibilidade internacional. Em 2010, o veículo foi exposto no evento Challenge Bibendum, realizado no Rio de Janeiro, e teve seu mérito reconhecido com a conquista de um troféu, na categoria de veículos experimentais.

A Kombi permanece no campus Maria da Graça e se converteu em um laboratório de pesquisa para as instituições parceiras, por meio do qual vêm sendo desenvolvidos novos projetos.

Clique aqui para ter acesso à dissertação de mestrado do professor Washington Costa.

Assista ao vídeo sobre o pré-lançamento da Kombi elétrica, produzido pela TV Cefet.

 

Conferência sobre Ensino da Ciência contou com 115 trabalhos de pesquisadores de 22 países





Abertura da 13th Biennial IHPST Conference, realizada no Cefet/RJ

 

Pesquisadores de 22 países apresentaram 115 trabalhos acadêmicos durante a XIII Conferência Internacional sobre História, Filosofia e Ensino da Ciência (13th Biennial IHPST Conference), que aconteceu no Cefet/RJ entre os dias 22 e 25 de julho. Desse total, 49 foram de professores, doutorandos e mestrandos de programas de pós-graduação do Brasil e o Cefet/RJ esteve representado com dez trabalhos.

A conferência, considerada uma das mais importantes da área de História, Filosofia e Ensino de Ciências, acontece a cada dois anos e foi organizada pelo “The International Group of History, Philosophy and Science Teaching” (IHPST), grupo fundado em 1987. O principal objetivo do IHPST é o aperfeiçoamento do ensino da Ciência e da Matemática nas escolas e universidades e, pela primeira vez, o evento aconteceu fora do eixo Europa-Canadá-Estados Unidos.

Pesquisadores vindos da Argentina, Colômbia, Chile, México, Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Portugal, Espanha, Inglaterra, Grécia, Irlanda, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Turquia, Líbano, Israel, Arábia Saudita, China e Coreia do Sul, além dos brasileiros, também apresentaram trabalhos. Com múltiplas perspectivas teóricas, essas pesquisas discutiram como a História e Filosofia da Ciência se relacionam com as questões curriculares e pedagógicas presentes no processo de ensino-aprendizagem das ciências e da Matemática.

 

Organizadores

Os professores Marco Braga e Andreia Guerra, do Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Educação (PPCTE) do Cefet/RJ, foram os responsáveis pela organização do evento. Doutor em Engenharia de Produção pela UFRJ, Braga ressaltou que a realização da “13th Biennial IHPST Conference” no Rio de Janeiro marcou a importância do Cefet/RJ no cenário internacional das pesquisas na área de História e Filosofia da Ciência no Ensino. “Para nós, foi uma honra receber grupos de pesquisas de diversos países e uma oportunidade única para o Cefet/RJ ter sido o local escolhido para sediar o mais importante evento da área”, enfatizou o professor.

O evento teve início no dia 22, com a realização de um workshop sobre “História e Filosofia da Ciência em sala de aula”. Estiveram presentes quatro pesquisadores: Peter Heering (Europa-Universität Flensburg); Agustín Aduriz-Bravo (Universidad de Buenos Aires); Igal Galili (The Hebrew University of Jerusalem); Don Metz (University of Winnipeg). Pela primeira vez, a “IHPST Conference” começou com uma pré-conferência. “Essa ideia surgiu aqui no Cefet/RJ e foi o único momento em que houve tradução simultânea para o português. Convidamos para a pré-conferência quatro pesquisadores que são as referências bibliográficas que nossos alunos estão lendo”, contou o professor Marco Braga. Foram abertas, nesse workshop, 50 vagas para estudantes brasileiros de pós-graduação. Nos demais dias da “13th Biennial IHPST Conference”, os trabalhos foram apresentados apenas em língua inglesa.

Conforme lembrou o professor Marco Braga, o Programa de Pós-graduação em Ciência, Tecnologia e Educação (PPCTE) teve início com o curso de mestrado em 2010. Atualmente, o PPCTE possui quatro linhas de pesquisa: História e Filosofia da Ciência e da Tecnologia no Ensino; Ciência, Tecnologia e Sociedade no Ensino; Novas abordagens em Educação e Tecnologia; Formação de Professores em Ciência, Tecnologia e Educação. O curso de doutorado do PPCTE, o primeiro do Cefet/RJ, começou em 2013.

 

 

Angra dos Reis inova no ensino das técnicas de solda





Simulador virtual torna aulas de solda mais dinâmicas e seguras

 

Para muitos adolescentes, “ela” é sinônimo de diversão. Para os alunos do ensino técnico do campus Angra dos Reis, “ela” acaba de ganhar um novo significado, tornando-se também uma importante aliada na aprendizagem. A realidade virtual, recurso cada vez mais explorado por jogos, filmes e outras formas de entretenimento, acaba de chegar às salas de aula do campus. Por meio de um simulador virtual, os alunos do curso de Mecânica vão aprender a soldar de forma dinâmica e segura.

A nova tecnologia foi bem recebida pelo estudante do quinto período do curso, Ecson Araújo, de 20 anos. Ecson já teve um contato inicial com o simulador e acredita que “vai ser muito bom presenciar de forma virtual a realidade. O simulador vai facilitar o raciocínio nas aulas teóricas e vai ajudar a ampliar o entendimento”. De acordo com o estudante, o equipamento permite “realizar a solda e identificar onde falhamos e acertamos. Também permite ver a facilidade e a dificuldade de cada processo”.

O estudante já fez um curso de solda tradicional e compara os dois métodos. “Achei mais difícil soldar com o simulador, porque ele exige perfeição e traz uma memória durante a realização da soldagem. A vantagem do equipamento é que ele apresenta os detalhes internos e externos do trabalho, enquanto um treinamento real não permite realizar a inspeção geral da solda, só uma inspeção visual. Além disso, o simulador não exige esforço e exposição à radiação e ao gás.”

Desenvolvido especificamente para finalidades de ensino, o equipamento funciona com base em um simulador de realidade aumentada (AR). Considerada uma tecnologia de ponta, a AR proporciona uma visão ampliada, em formato digital, a partir da sobreposição de objetos do mundo real e de elementos virtuais. O simulador é gerenciado por um software denominado Professor, que modifica o conteúdo da realidade virtual de acordo com a aula proposta.

O equipamento permite habilitar comandos de ajuda para os iniciantes. Após a soldagem, é possível avaliar a prática, por meio do módulo de análise. O aluno e o professor podem assistir a toda a prática realizada – o primeiro, em sua máquina, e o segundo, no próprio software –, verificando a porcentagem de acerto em cada parâmetro avaliado. Quando necessário, também é possível repetir o exercício.

De acordo com o professor Luiz Alberto dos Santos, a inovação no método de ensino traz mais segurança para os alunos. “No primeiro momento do curso de soldagem, a simulação é interessante, pois não utiliza gás e não é necessário aquecer o material. Acaba-se, dessa forma, com o risco de queimaduras. Além disso, com a experiência da solda por simulação, o aluno chegará à soldagem real com noções adequadas dos movimentos e técnicas, diminuindo drasticamente os riscos inerentes ao processo”, explica.

O treinamento em ambiente virtual também pode se reverter em economia de recursos. “Quando os alunos realizarem um processo real, atingirão ótimos resultados, sem que haja um consumo demasiado de metal de adição”, acrescenta Santos. 

Além dos alunos do curso técnico em Mecânica, em breve os estudantes dos bacharelados em Engenharia Mecânica e Engenharia Metalúrgica começarão a usufruir dos benefícios do simulador. O equipamento também será utilizado para fins de pesquisa.

 


Expediente:

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Vice-Direção:
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Redação:
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