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Alunos do campus Petrópolis têm trabalho selecionado para conferência internacional

Publicado: Terça, 12 de Setembro de 2017, 19h22 | Última atualização em Terça, 12 de Setembro de 2017, 19h22 | Acessos: 3377
O grupo é formado por Jéssica, Camilla, Vinicius, Gabriele
e o professor Dalbert Matos (da esq. para a direita)

 

Quatro alunos, um professor orientador e uma história de trabalho e dedicação que garantiu uma vaga na conferência internacional The Cyber Security in Networking Conference (CsNet) 2017, patrocinada pela organização norte-americana IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers). O artigo chamado “WIDIP: Wireless Distributed IPS for DDoS Attacks”, desenvolvido no laboratório de redes do Cefet/RJ campus Petrópolis, foi aceito para ser apresentado no congresso, que acontece no Rio de Janeiro entre 18 e 20 de outubro.

O trabalho tem foco na segurança de redes e apresenta um mecanismo de defesa contra o ataque distribuído por negação de serviço (DDoS, do inglês Distributed Denial-of-Service Attack). A autoria é de Camilla Alves, Jéssica Alcântara, Gabriele Vieira e Vinicius Faria – discentes do curso de Engenharia de Computação do campus e bolsistas de extensão ou de iniciação científica na área de segurança de redes de computadores – e de Dalbert Matos Mascarenhas, docente que coordena o grupo.

O DDoS é um ataque que tem como objetivo sobrecarregar uma rede ou uma máquina, excedendo os limites do alvo e, assim, podendo retirar determinado site do ar temporariamente. Para ser realizado, ele pode variar os endereços de IP, impedindo que se descubra de onde vem o ataque. A ferramenta desenvolvida pelo grupo do Cefet/RJ campus Petrópolis – que pode ser instalada em um roteador comum de forma embarcada – trabalha em módulo automatizado, escaneando a rede e barrando usuários com características de variação de IP, que poderiam realizar um possível ataque. O mecanismo é focado em ataques que vêm de dentro da rede. Comparado a outras ferramentas analisadas no artigo, ele tem um ganho no tempo de detecção do potencial ataque e não gasta tanto processamento de roteadores.

Esta é a primeira vez que o grupo, junto desde 2015, tem um artigo aceito em um evento internacional. Os alunos já tiveram dois artigos publicados, um no Simpósio Brasileiro de Telecomunicações (SBrT), realizado em Santarém, no ano passado, e outro na Revista Guará (2016), periódico da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “Esse reconhecimento é muito importante. É um incentivo para a gente e para as outras áreas também”, afirma Jéssica, que também elogia a dinâmica de trabalho do grupo, cuja trajetória começou antes da graduação.

Os quatro universitários fizeram o curso técnico em Telecomunicações no Cefet/RJ campus Petrópolis, quando se interessaram pela área de redes de computadores. “Antes de fazer o curso técnico, eu não tinha ideia de que faculdade cursar. Quando eu vim para cá e fiz a disciplina Redes de Computadores, foi amor à primeira vista. Descobri que era o que eu queria fazer na vida. Pretendo seguir na área, pesquisar e fazer um mestrado depois da graduação”, ressalta Gabriele.

Vinicius destaca que a rede de computadores logo o cativou, principalmente quando ele viu na prática o que era estudado na teoria. Na época do curso técnico, a disciplina que despertou os estudantes já era ministrada pelo professor Dalbert. Hoje, como coordenador do grupo, o docente enfatiza a conquista dos estudantes: “Eles têm um mérito muito grande em tudo o que estão construindo. Eles se dedicam e se esforçam muito. Chegam a vir trabalhar até nas férias! Para um professor, esse reconhecimento é gratificante porque a gente vê o nosso trabalho dar frutos. E isso não tem preço.”

Camilla reforça a empolgação do grupo com o trabalho desenvolvido e com o apoio da instituição. “Fico muito feliz com a oportunidade que o Cefet/RJ nos dá a partir das bolsas de extensão ou iniciação científica, que nos incentiva a estudar e a pesquisar e, assim, a contribuir com o campus Petrópolis e com o sistema Cefet”, enfatiza a estudante.

O grupo agora tem planos de desenvolver uma interface gráfica para a ferramenta, que permita que o usuário visualize facilmente a localização do ataque, e de criar um módulo que possa prevenir também de outros tipos de ataque, além do DDoS.

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