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Projeto do campus Petrópolis capacita alunos para competições de programação

Publicado: Sexta, 30 de Agosto de 2019, 20h32 | Última atualização em Sexta, 30 de Agosto de 2019, 20h34 | Acessos: 861

Estudar, treinar, solucionar problemas. A rotina de alunos apaixonados por programação – e participantes de torneios, olimpíadas ou maratonas na área – pode ser cansativa, mas é, sobretudo, desafiadora e estimulante. “A competição é uma forma lúdica de, justamente, aprender a programar”, afirmou o professor Douglas Cardoso, coordenador do projeto de extensão do Cefet/RJ campus Petrópolis “Grupo de Treinamento para Competições de Programação” (GTComP).

 

Professor Douglas Cardoso orienta aluno durante simulado para a Maratona de Programação

 

Realizado desde 2017, o projeto busca promover a capacitação técnica dos estudantes no desenvolvimento de algoritmos e na programação de computadores, visando à participação em competições. Inicialmente voltada a discentes do curso de Engenharia de Computação, a iniciativa passou a atender também alunos externos e de outros cursos do campus, como o de Telecomunicações integrado ao ensino médio. “Nós introduzimos a programação e, em seguida, damos uma visão específica das competições em si”, explicou o professor Douglas. 

Em 2019, o GTComP  vem realizando sessões de treinamento e o acompanhamento dos alunos para competições como a Olimpíada Brasileira de Informática (OBI) e a Maratona de Programação. Durante a Semana de Engenharia, ocorrida em maio, o projeto também promoveu o Torneio Serrano de Programação (TSP), um evento voltado para a comunidade interna.

 

Olimpíada Brasileira de Informática (OBI)

Iniciativa da Sociedade Brasileira de Computação, a OBI é realizada em três fases (local, estadual e nacional) e tem entre seus objetivos estimular o interesse pela Computação e por Ciências em geral, proporcionar novos desafios aos estudantes e identificar talentos em Ciência da Computação.

campus Petrópolis teve uma participação recorde na 1ª fase da competição deste ano, contando com 67 discentes do ensino médio integrado e do 1º ano do curso de Engenharia de Computação, que competiram na modalidade programação. Desse total, 53 alunos – ou 79% – avançaram para a 2ª fase, cuja prova foi realizada em 14 de agosto.

 

Competidores realizam a 1ª fase da OBI no Cefet/RJ campus Petrópolis

 

Para a OBI, o GTComP estabeleceu um plano de aulas para preparar os alunos para a competição e listas de exercícios para consolidar os assuntos abordados. Esses elementos foram integrados às disciplinas de programação, tanto do ensino médio integrado quanto da Engenharia de Computação. Além disso, o projeto também contou com oito alunos externos ao campus que participaram das aulas e, destes, dois alunos realizaram a prova e passaram para a fase estadual.

O estudante do 2º ano do curso técnico em Telecomunicações integrado ao ensino médio Samir Jaber participou da OBI pela segunda vez neste ano. Em 2018, o aluno chegou até a 3º fase, a nacional. “A experiência foi muito boa. É uma situação nova para a gente fazer a OBI. Geralmente, as olimpíadas que a gente faz são no papel e essa é diferente. É no computador”, destacou.

Samir, que é monitor bolsista na área de programação, ressaltou que a principal estratégia para participar da OBI é treinar e desenvolver o raciocínio lógico: “se você tem raciocínio lógico, você consegue desenvolver algumas coisas que você pode nunca ter visto antes. Por exemplo, você pode usar o algoritmo para resolver problemas, mas se você não tiver o algoritmo, mas tiver raciocínio lógico, você pode chegar ao algoritmo”.

 O resultado da 2ª fase da Olimpíada ainda não foi divulgado. A 3ª e última fase será realizada no dia 21 de setembro.

 

Maratona de Programação

Principal evento do gênero no país, a Maratona de Programação é organizada anualmente pela Sociedade Brasileira de Computação e conta com a participação das principais instituições de ensino superior do país. Realizada em duas fases – estadual e nacional –, destina-se a alunos de graduação e início de pós-graduação na área de Computação e afins. A competição é realizada em trios de alunos, que buscam solucionar problemas sob pressão, usando conhecimentos de programação e algoritmos.

Para a Maratona, o projeto GTComP fez uma seletiva entre os discentes para definir os times que vão representar o campus na competição, cuja 1ª fase acontecerá no dia 14 de setembro. Em julho, foram selecionados cinco trios, que semanalmente realizam simulados no Laboratório de Programação da instituição. “No simulado, os alunos têm as mesmas condições de prova. Eles aprendem a lidar com a situação de prova, tendo o tempo limitado e o conhecimento que já possuem”, explicou o professor Douglas Cardoso. Após as cinco horas de simulado, o grupo faz uma análise pós-prova, trabalhando e aprendendo novas técnicas e novos algoritmos de programação.

 

Alunos selecionados para a Maratona de Programação realizam simulado no Laboratório de Programação

 

O estudante do 4º período de Engenharia de Computação Roger Passos vai participar pela 2º vez da Maratona e está animado para o desafio. Roger, assim como a maioria dos alunos selecionados, realizou uma disciplina optativa de Competições de Programação com o professor Douglas no 1º semestre de 2019. “Aprendemos uma série de algoritmos e deu para evoluir muito, muito mesmo. E os problemas que estavam presentes na prova do ano passado, a gente conseguiu resolver agora”, destacou Roger.

O aluno, que é bolsista de iniciação científica em teoria de algoritmo e dá monitoria voluntária na área de estruturas discretas, ambos com o professor Douglas, afirmou que se sente estimulado pelos problemas propostos pelos simulados e pela Maratona. “A gente está diante de um desafio, que a gente quer resolver. Então, é divertido. Às vezes, a gente está no meio da prova e aparece um problema muito difícil. E depois de muito tempo discutindo com o time, a gente resolve. É uma sensação de gratificação”, definiu Roger.

O Cefet/RJ campus Petrópolis participou da Maratona de Programação pela primeira vez em 2018. Naquele ano, foi a instituição do estado do Rio de Janeiro com mais times competindo na fase estadual. O campus alcançou o 12º lugar e o curso de Engenharia de Computação foi considerado o 9º melhor curso da área no estado.

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